Uso de drogas ilícitas por adolescentes americanos tem nova baixa. O mesmo vale para o álcool, mas não para a maconha

dezembro 13, 2016
Contact:
  • umichnews@umich.edu

ANN ARBOR—O consumo de drogas, álcool e tabaco pelos adolescentes norte-americanos diminuiu significativamente em 2016, e tem agora uma das menores taxas desde os anos 90, segundo um novo estudo nacional os Estados Unidos.

Mas pesquisadores da Universidade de Michigan advertiram que, embora esses números indiquem que os adolescentes estão na “direção certa”, o uso de maconha ainda permanece alto para os alunos do 12º ano.

Os resultados derivam do estudo anual Monitoring the Future, agora em seu 42º ano. Cerca de 45.000 estudantes de 380 escolas secundárias públicas e privadas são entrevistados ​​anualmente para este estudo nacional, do Instituto de Pesquisa Social da U-M e financiado pelo Instituto Nacional de Abuso de Drogas. Estudantes da 8ª, 10ª e 12ª séries são pesquisados.

No geral, a proporção de estudantes do ensino secundário no país que usou qualquer droga ilícita no ano anterior caiu significativamente entre 2015 e 2016. O declínio nas drogas ilícitas é de particular importância, dizem os pesquisadores. As melhorias deste ano foram especialmente concentradas entre alunos do 8º e 10º ano.

Consideravelmente, um número menor de adolescentes relataram usar qualquer droga ilícita – diferente da maconha – nos 12 meses anteriores, 5%, 10% e 14% nas 8ª, 10ª e 12ª séries, respectivamente. Esses dados são os menores registrados desde 1991. Estas taxas refletem um declínio de cerca de 1% em cada grau escolar em 2016, mas um declínio muito maior a longo prazo.

De fato, a porcentagem global de adolescentes que usam qualquer uma das drogas ilícitas, fora a maconha, está em declínio gradual e de longo prazo desde a última metade da década de 90, quando suas taxas máximas atingiram 13%, 18% e 21%, respectivamente .

Maconha, a droga ilícita mais consumida, caiu acentuadamente em 2016 entre os alunos do 8º ano para 9,4%, ou seja, um a cada 11 estudantes indicaram o uso nos 12 meses anteriores. O consumo também diminuiu entre os alunos do 10º ano, embora não por uma quantidade estatisticamente significativa, para 24% ou um em cada quatro alunos do 10º ano.

A prevalência anual de uso de maconha (referente à porcentagem de consumo nos últimos 12 meses) tem diminuído gradualmente entre os alunos do 8º ano desde 2010 e mais acentuadamente entre os alunos do 10º ano desde 2013. Entre os alunos do 12º ano, entretanto, o consumo de maconha é maior (36%) e se mantém estável desde 2011. Esses períodos de uso em declínio (ou no caso do 12º ano, de estabilização) seguiram o uso crescente de vários anos, em cada uma dessas faixas etárias.

O uso diário ou quase diário de maconha – definido como o uso em 20 ou mais ocasiões nos 30 dias anteriores – também diminuiu este ano entre os adolescentes mais jovens (significativamente na 8ª série para 0,7% e 2,5% entre os alunos do 10 º ano). No entanto, não houve mudança entre os alunos do 12º ano no uso diário, que permanece bastante alto em 6%, ou aproximadamente um em cada 17 alunos do 12º ano, índice que permanece o mesmo desde 2010.

A maconha sintética (frequentemente vendida sem receita médica como “K-2” ou “Spice”) manteve seu rápido declínio no uso entre os adolescentes, uma vez que seu consumo foi medido em 2011. Entre os alunos do 12º ano, por exemplo, a prevalência anual caiu mais de dois terços, de 11,4% em 2011 para 3,5% em 2016.

Tabaco
A diminuição do tabagismo e de outras formas de consumo de tabaco também foi registrada entre os adolescentes em 2016, continuando uma tendência importante, e agora de longo prazo, no uso de cigarros. Estes resultados, juntamente com novos dados sobre o uso de vaporizadores como e-cigarros e narguilé, estão apresentados em um comunicado complementar, em inglês: myumi.ch/LEDoK

Os resultados resumidos aqui serão publicados em janeiro em um próximo volume.

 

Mais informação: